quarta-feira, 27 de junho de 2018

Meus "dois centavos" sobre a saída da Indian do mercado brasileiro

Mesmo sendo um "harleyro de carteirinha" , eu lamento PROFUNDAMENTE a saída da Indian do mercado brasileiro.
Por mais que eu seja "fã" da Harley-Davidson, não me agrada a idéia do monopólio de uma única marca em um segmento de mercado (mesmo que seja a minha marca de motos predileta). É isso que ocorre no Brasil. Não há mais opções de cruisers de grande porte que não a HD. As japonesas abandonaram totalmente o segmento custom; ; a Honda largou a Shadow (que já era pequena se comparada as Harleys, motor 750) e trouxe a VTX1800 por apenas um ano (a exceção é a Gold Wing que compete apenas com as topo de linha da HD, mas está mais para uma touring modernosa que uma custom clássica); Yamaha não traz mais a Royal Star nem a Midnight Star. Suzuki não traz mais as Boulevard; a inglesa Triumph parou de vender as Thunderbird Commander e Storm (a Bonneville Bobber é uma moto "de imagem" e não é exatamente prática - não permite por exemplo transporte de passageiro).

O mercado de customs no Brasil passou a se resumir às Harley-Davidsons no grande porte, à Vulcan 650S da Kawasaki (uma moto de visual "moderninho" que não agrada ao consumidor típico do segmento) no médio porte (em faixa de preço um pouco abaixo da Iron 883), à Dafra Horizon 250 no segmento "médio-baixo" (ocupando a lacuna deixada pelo fim da Mirage 250) e demais chinesas de 125/150cc no segmento popular. 
Devo dizer: tive a oportunidade de testar dois modelos da Indian: a Scout (que na minha opinião sincera de "harleyro" coloca QUALQUER Sportster - 883 ou 1200 - no bolso, sendo efetivamente a custom mais divertida que já pilotei na vida - a moto que chegou mais próxima dela em diversão foi a nova Fat Bob 107 - não testei a 114) e a Chief, que considerei uma moto MUITO bem acertada e confortável, ainda que bem insossa na pilotagem. Há alguns pequenos pecados nas motos Indian, como o uso de peças plásticas onde a HD usa metal cromado (por exemplo nos piscas e em algumas tampinhas de acabamento), mas no geral são excelentes motocicletas, muito bem construídas.
Devemos lembrar ainda que a volta da Indian ao mercado americano pelas mãos da Polaris (sendo que lá a marca roubou fatia considerável do mercado da HD) fez com que a HD se mexesse e renovasse sua linha. O meu "queridinho" motor Milwaukee-8 e o projeto inteiramente novo das Softail 2018 são frutos dessa concorrência.
Hoje, qualquer consumidor do segmento custom que tenha alguma ressalva com a Harley-Davidson (ou até mesmo algum proprietário insatisfeito que queira mudar de marca, algo que pode acontecer com qualquer um, até com um fã declarado como eu) não tem qualquer outra opção de custom de mais de 650cc no mercado. A esses, restará mudar de estilo de moto, não necessariamente para um que seja de seu gosto/preferência pessoal ou adequado à realidade de sua localidade. Em meu caso, só restariam as big trails, estilo de moto que eu simplesmente não curto (não nego seus predicados técnicos, só não vejo graça nelas) e que para moradores de outras capitais (notadamente SP e Rio) têm custo de seguro totalmente inviável e equivalem a andar com um alvo de tiro nas costas.É importante lembrar que nessas localidades, ainda que ocorram furtos de motos custom (inclusive HDs), roubos à mão armada de motos desse estilo são bem mais raros, já que não é um estilo de moto com grande agilidade para fugas no trânsito, diferentemente das nakeds, esportivas e big trails, que são a primeira opção para quem sai do segmento custom. 
Infelizmente a Indian chegou na hora errada, no início de uma crise econômica e com uma estratégia de mercado bem equivocada. O mercado brasileiro não é o americano, que já conhece bem o nome da Indian. Aqui, salvo para quem é bem antenado com o mercado custom, elas sempre foram relativamente desconhecidas. Aqui, deveriam oferecer as motos em preços similares aos da concorrência (se não um pouco mais baixos), e não 15% mais altos como fizeram, pelo menos até a consolidação no mercado. 
No Brasil, as Indian chegaram como desconhecidas, e como desconhecidas irão. Poucos (eu incluído) sentirão, de fato, sua falta.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Agora é oficial - Indian Motorcycles deixa o mercado brasileiro

Acabei de ler no portal do Jornal do Carro (grupo Estado de São Paulo) uma notícia triste mas não de todo inesperada: a Polaris declarou oficialmente que encerrará as atividades da marca Indian no Brasil.


A justificativa é a falta de rentabilidade no mercado brasileiro. 

O pós-venda da Indian será assumido pelos revendedores da Polaris, e as revendas monomarca Indian serão fechadas nos próximos 120 dias, tempo para limpeza dos estoques de motos e acessórios.


Em que pese eu não ser um dos maiores fãs das grandonas Chief (e maiores), eu me considero um fã incondicional da pequena (mas quase do tamanho de uma Softail 2018) Scout, uma das cruisers mais divertidas de tocar que já pilotei, sendo esse um dos motivos de eu lamentar a partida da marca de nosso mercado.

Lamento também por aqueles consumidores que pagaram bem caro em um produto exclusivo (o preço de tabela das Indian era em torno de 10-15% superior ao das Harley-Davidson equivalentes) e agora muito provavelmente sofrerão um baque gigantesco do mercado no valor de revenda de suas motocicletas, além, é claro, de uma dificuldade maior em dar manutenção nas mesmas quando necessário. 

Mas eu lamento principalmente pelo mercado brasileiro de motos custom, que agora é praticamente um monopólio da Harley-Davidson, já que as marcas japonesas há tempos não oferecem nada no segmento custom de grande porte. 

Infelizmente, com uma operação miúda como a Polaris optou por atuar no Brasil (nem chegamos a ter concessionária em Brasília, apenas um minúsculo ponto de venda em Goiânia, a 300km daqui, para atender toda a região Centro-Oeste), não teria como ela abocanhar uma parcela de mercado da HDMC da mesma forma que conseguiu nos EUA.

"So long, Indian".


Mais penduricalhos na Heritage

Hoje tirei a tarde para instalar mais alguns penduricalhos que estavam guardados aqui em casa desde a troca da Deluxe na Heritage.



Aro de farol "Visor" na Softail 2018 - Eis a solução!

Então, turma, vamos continuando com as modificações na Softail 2018.

Teste de compatibilidade: Encosto para piloto Wings Custom na Heritage 18

Devo dizer que eu demorei um bocado para fazer esse teste, mas finalmente o fiz. 

Na minha Deluxe 2014 eu usava um encosto para piloto da Wings Custom (mas era um modelo de encosto específico de Heritage, já que eu usava um banco de Heritage), que me ajudou um bocado em uma fase que estava com problemas de coluna e dificuldades para pilotar.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Saldão de peças e acessórios


Gente,


tô precisando desocupar espaço e vendendo um monte de tralha para motos Harley-Davidson. A maior parte dos itens são sobras da antiga Deluxe 2014, e os outros são itens que comprei para a 2018 e acabei não usando por um motivo ou outro.

Vamos à lista, com os links para o MercadoLivre. Todos os anúncios estão com frete grátis (exceto para Norte e Nordeste, por política do site). Se houver interesse em qualquer item, solicito efetuar a compra diretamente pelo ML.

Fotos recentes dos itens estão nos anúncios.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Encosto para piloto "Grasshopper" para Softail 2018


Assistindo a um vídeo sobre a Heritage 2018 (na verdade eu estava procurando vídeos sobre escapamentos), um encosto para piloto que estava em uma das motos me interessou.



terça-feira, 12 de junho de 2018

"LEDificando" a Heritage

Como sabemos, as Softail 2018 já vêm com faróis de LED em toda a linha, e em alguns modelos (como a Deluxe), TODA a iluminação é em LED. Em outros (notadamente aqueles que têm piscas integrados com freio e posição na traseira, como a Fat Boy), há uma salada de lâmpadas, sendo LEDs na traseira e incandescentes nos piscas dianteiros. No caso da Heritage, apenas os faróis são em LED, tendo permanecido os piscas e lanterna traseira com lâmpadas incandescentes comuns.

E voltamos à programação normal...

Desde que comprei o smart fortwo, há um mês, eu praticamente não usei a Heritage. Dessa forma, ela "estancou" nos 2300 km rodados e não mexi praticamente nada.

O fato é que o carrinho é bem divertido, e, confesso, eu queria andar mais e mais com ele, e deixei a moto "de lado" por uns tempos.

Mas... estamos na "temporada de motocicletas" em Brasília, então chegou a hora de deixar o carrinho descansar um pouco...


Voltemos, então, à nossa programação normal... 😊😊


V-Strom 650XT - Breve review após 1500km

 Já se vão alguns meses desde que adquiri minha Suzuki V-Strom 650XT  e em que pese eu não ter rodado tanto assim durante esse tempo, já dá ...