segunda-feira, 6 de maio de 2019

Intercomunicador Sena (UPDATE). Continuação do review (uso mais intenso) e defeito.

Conforme mencionado neste post de 15/02, optei pelo intercomunicador Sena SMH5-FM pelo renome da marca e custo-benefício.

Aqui segue a segunda parte do review (impressões do uso durante a viagem) e um relato de um defeitinho que apareceu em um dos módulos.



Continuando o review


Viajei pro Uruguai/Argentina (não se preocupem, os relatos da viagem estão em fase de preparo, vai ter muita historinha pra contar hehehe) e voltei, 32 dias fora de casa sem qualquer problema com o kit. Às vezes as baterias descarregavam no meio do dia, mas era só recarregá-las ao chegar ao hotel que voltava tudo à normalidade.

Devo dizer, o intercomunicador funcionou muito bem. Conversa clara e límpida com minha esposa nos 14 dias de estrada em que ela esteve comigo, fora a facilidade de receber instruções direto do GPS Garmin. Sim, o intercom não tem a função VOX, e nem é necessário, o jog dial é muito fácil de operar com luvas.

Também serviu para atender ligações (da minha esposa, quando ela não estava junto comigo), nesse caso a função VOX existe, ao receber a chamada (usando o Garmin como ponte) era só falar QUALQUER COISA que o headset atendia a ligação, alto e claro.

A autonomia de uso ficava mesmo em torno de 7-8 horas de uso contínuo (conforme as especificações), lembrando que o uso para receber instruções do GPS se equipara ao uso direto no modo de "intercomunicador". Então, via de regra eu precisava recarregar as baterias todo dia que pegava estrada (e se não o fizesse ele ia apagar no meio do dia).

O som dos falantes sempre alto e claro, sem qualquer "chiado", e, de fato, foi necessário usar "meio volume", pois se usar mais do que isso, chega a doer os ouvidos de tão alto que é.

Funciona igualmente bem, seja com os ouvidos "ao vento" seja com o uso de protetores auriculares.

O defeito

No último dia da viagem (e ainda bem que foi no último dia), quando estava quase em casa, o meu intercomunicador deu o alerta de bateria fraca e apagou.

Cheguei em casa, e como não ia usar a moto por uns dias mesmo, acabei simplesmente me esquecendo de colocá-lo para recarregar imediatamente, e o fiz apenas depois de quatro dias.

Sim, eu sei que existe a recomendação de, se acabar a bateria, não demorar muito tempo para recarregá-la, já que essas baterias de lítio-polímero podem dar problema se "excessivamente descarregadas".  Mas ainda assim acho que quatro dias sem carga não seria suficiente para danificar a bateria. Por isso existe a recomendação de mantê-las sempre carregadas (e de carregar as baterias pelo menos uma vez por semana), mesmo que o equipamento não esteja em uso. 

Bom, o fato é que depois desses quatro dias sem carga, o intercomunicador não carregava mais. Estava totalmente "morto". Ao plugar no carregador, nenhum LED acendia, nenhum botão funcionava, nada.

Como o intercomunicador da minha esposa ainda funcionava, resolvi fazer um teste. Abri os dois módulos (seguindo este tutorial aqui, na verdade a troca de bateria dos SMH5/10 da Sena é MUITO simples, a parte mais chata é, de fato, comprar as baterias - o equipamento não é lacrado e tudo o que você precisa para abrí-lo é uma chave torx T7) e fiz a troca das baterias, coloquei a bateria do intercomunicador da minha esposa no meu intercomunicador e vice-versa.

Resultado: o meu intercomunicador voltou a funcionar, e o dela não funciona mais. Ou seja, realmente meu problema era de defeito na bateria. Mó-rreu. Existe a possibilidade de que o kit tenha ficado muito tempo guardado em estoque sem carga e que as baterias já estivessem meio "em fim de vida útil" quando o kit me foi entregue. Não vou correr atrás do vendedor do ML por causa disso não, pois não vale à pena, o conjunto continua funcionando bem, só a bateria que foi pro pau, e  bateria é um item consumível, trocando deve durar uns bons anos sem ter chateação. Os dois equipamentos tiveram uso intenso durante um mês (o da minha esposa por 14 dias - mas eu roteava as instruções do GPS todas pelo meu aparelho) e funcionaram bem, totalmente sem falhas, e como o módulo não "queimou", tá valendo, é isso que conta. 

Teria duas opções, comprar a bateria já "configurada" para o intercomunicador Sena (isto é com o conector certo e na polaridade correta) por R$ 80,00 (frete incluso) cada (eBay), ou comprar o kit SEM o conector (isto é, com os fios "nus") por R$ 25,00 cada (AliExpress). Em que pese eu ser um tremendo partidário do custo-benefício e do faça-você-mesmo, minhas habilidades de solda (ainda mais em fios fininhos como o dessas baterias) não são das melhores (vai ter historinha sobre isso no relato da viagem) , então achei mais inteligente optar pelo kit já pronto ainda que 3x mais caro. Até comprei umas baterias adicionais de R$ 25,00 na Ali para fazer experimentos depois, mas via de regra vou usar o kit que chegar primeiro. Já comprei logo duas, assim já coloco logo uma bateria nova no intercomunicador da minha esposa também. 

Trata-se de uma bateria de lítio-polímero (LiPo) de 3.7v e 500mAh, código 502540 (atente-se ao código já que via de regra as baterias LiPo são mesmo de 3.7v - o código diz respeito à capacidade de carga e às medidas da bateria - essas têm 40x25x5mm de medidas). Ah, essa bateria é a padrão do SMH10 (e tem um pouco mais de capacidade de carga que a do SMH5, ou seja, devo ganhar um pouco de autonomia), mas cabe perfeitamente dentro do SMH5/SMH5-FM. 

Assim que chegar a bateria nova e colocar para funcionar, atualizo o post. 

Um comentário:

  1. Era a informação que eu procurava. Tenho um par de SMH5 há 4 anos. O meu está com a bateria durando apenas 4h em viagens, pois uso ele todos os dias. O da minha esposa está novinho ainda. Vou seguir estas dicas e trocar a bateria do meu aparelho.

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