Ok, ok, o blog é "Bira de Harley". Mas como vocês já devem ter visto em alguns posts anteriores, eu também gosto bastante das motos da Indian (e lamento demaaaaaaaaaais a saída deles do mercado brasileiro).
Não me lembro se cheguei a comentar aqui no blog, mas eu já havia testado tanto a Scout (moto divertidíssima, a Fat Bob M8 tem uma tocada muito parecida) quanto a Chief (que minhas impressões do test-drive, com a visão ainda viciada na Deluxe Twin Cam e suas "características hereditárias", me fizeram tecer a seguinte afirmação (não exatamente com essas palavras, não encontrei ainda o post original no fórum, mas a mensagem era essa) no Fórum Harley: "achei extremamente insossa, pouco divertida, muito certinha, parece uma moto elétrica, esperava um pouco mais de 'agressividade', todavia considero essas características muitíssimo bem-vindas em motos para longas viagens como a Chieftain e a Roadmaster" (a Springfield ainda não era oferecida no Brasil e por isso não foi mencionada). Aí veio a Softail M8, que trouxe muito (mas não tudo) dessa "suavidade e precisão" para a Harley-Davidson, e eu acabei gostando da moto e comprando uma, e me habituando com essas "novas características".
Bom, ocorre que apareceu uma boa oportunidade (indicação de uns amigos) para pegar uma Roadmaster 2016 (que sempre foi a minha "moto dos sonhos" desde que vi uma pela primeira vez no show room da Indian Goiânia) bastante equipada, praticamente a preço de repasse (o dono já havia fechado em uma BMW GS Adventure para uma viagem ao Ushuaia - se não me vendesse ia entregar a moto na concessionária por pouca coisa a menos do que paguei). De diferença para a 2017, o banco marrom (na 2017-acima é preto - particularmente nas Indian gosto mais do marrom - "Deluxe 2014 feelings"), o sistema de som mais "simples", sem GPS embutido e os 10 mil reais a menos na tabela da FIPE (sendo que paguei um valor ainda mais baixo).
Então, ao menos por enquanto (confesso a vocês que não quero - ainda - me desfazer da Heritage, ainda que meus olhos tenham se aberto para algumas de suas "características hereditárias" he he he), estou com duas motos na garagem, he he he. Note que é uma "mordida na língua" dupla: eu nunca vi qualquer necessidade (ao menos não no meu perfil de uso) em ter duas motos. Mas nesse caso o "apego" tá falando mais alto, afinal este blog surgiu por causa da Heritage (e, convenhamos, estou com ela há apenas oito meses, a moto ainda é nova) e eu quero continuar compartilhando coisas sobre o modelo com vocês. E, mesmo que eu eventualmente decida por vendê-la, muito provavelmente pegarei alguma HD menor (talvez outra Sportster) para uso na cidade, já que, convenhamos, a RM nesse cenário é um baita ônibus (estamos falando de uma moto que tem - com o tourpak - 2,60m de comprimento - e que pesa 408kg a seco - é como se eu estivesse andando com garupa E bagagem acima do limite de carga na Heritage o tempo inteiro). Não criarei um novo blog para a Indian, as "historinhas" dela também vão vir aqui.
As duas motos na garagem, o smart à direita na foto - já providenciei outra rampa de manobra
mais adequada ao peso da Roadmaster, assim consigo colocar as duas atrás do smart.
Essa semana coloquei o carro da minha esposa pra fazer uns serviços então minha vaga tá "livre"
mais adequada ao peso da Roadmaster, assim consigo colocar as duas atrás do smart.
Essa semana coloquei o carro da minha esposa pra fazer uns serviços então minha vaga tá "livre"
Jà antecipo algumas "perguntas frequentes" então aqui está o provável FAQ:
1 - Mas Bira, uma Indian? Não é nem pela rivalidade entre marcas, mas é uma marca que acabou de sair do mercado!!!
R: Sim, a Indian acabou de sair do mercado brasileiro mas os proprietários continuam sendo atendidos pela Polaris (muito mal em alguns Estados e muito bem em outros - nada muito diferente do padrão do mercado). Além disso, sempre posso importar peças diretamente, e meu perfil "fuçador" (já consegui até o manual de serviços da moto) me permitirá cuidar dela por conta própria, caso os (três) mecânicos daqui de Brasília que investiram em qualificação para motos Indian (esperando quem sabe atrair os consumidores que encarariam comprar uma moto com concessionária apenas em Goiânia/GO - o que não deu tempo de acontecer antes da Polaris interromper a venda das motos no nosso mercado) desistam de mexer nelas. Lugar para mexer por conta própria eu tenho, a oficina da Kluster (vide post anterior sobre ela no link) tá aí pra isso.
2 - Por que não uma Road Glide/Ultra zero km? O preço promocional tá tão bom!
R: Primeiro motivo: o preço. Realmente o preço da RG e da Ultra zero km (R$ 89.990) tá ótimo comparado ao de tabela, mas eu realmente não estava nem um pouco a fim de pagar 90 mil numa moto, na boa... (paguei bem menos que isso, e também bem menos que uma Ultra 2016/7 M8 seminova), fora o "público e notório" tombo nos preços que essas motos maiores têm ao sair da loja (diferentemente dos modelos menores da HD que até conseguem "manter" o preço ao decorrer dos anos). Segundo, essa RM que peguei está caprichosamente equipada (diria que até ao meu gosto, e é bem raro que dois motociclistas tenham gostos parecidos na personalização de suas motos), vou chutar pelo menos R$ 10.000,00 em acessórios (ou seja, a moto realmente me saiu por um preço absurdamente bom - amigos donos de Indian disseram que "tirei a sorte grande" pois peguei uma moto cheia de acessórios, alguns RAROS e CAROS por um preço tão camarada - só as ponteiras da Vance & Hines já devem custar uns R$ 5.000,00 - as da Heritage me custaram R$ 2.500,00) então eu realmente não terei que colocar absolutamente nada nela (na verdade estou pensando em tirar uma ou outra coisinha que veio nela), se eu pegasse uma das RG/Ultra da promoção a moto ia vir "pelada" e eu ia ter que gastar mais um caminhão de dinheiro em acessórios (fora os itens da RM que ela não teria nem em sonho). Terceiro, mesmo que estivesse ao mesmíssimo preço de uma Ultra Glide 2016/17 (lembrando que a RM que peguei é 16/16) ainda há os "diferenciais" da Roadmaster em relação à Ultra (serão tratados no segundo post da série), que na minha opinião justificavam plenamente a diferença de preço existente entre elas quando zero km.
3 - Mas sério mesmo? Não achou barato demais? Não ficou desconfiado?
R: Não, pois houve amigos envolvidos inclusive na indicação da moto e com referências do ex-proprietário, além disso todo o histórico de manutenção, etc. Na real, o único "defeito" dessa moto é ter sido usada bastante em estrada (e é defeito isso?) e estar com pouco mais de 27000km rodados (28000 agora que cheguei em casa). Quilometragem não é problema se a moto estiver bem cuidada, e se o início do ano não tivesse sido tão conturbado em minha vida particular a minha Heritage já estaria bem perto dos (ou com mais de) 10 mil km, e não com 3750 como ela está hoje. Além disso, caso ocorra um "tombo" no preço das Indian (não creio, como são bem poucas - foram vendidas no Brasil menos de 700 ao todo, entre todos os modelos, e boa parte dos donos continua bem "apaixonada" e são poucos os que se desesperaram com a saída da marca e colocaram as motos à venda), uma moto comprada mais em conta é menos dinheiro perdido. Enquanto a Polaris continuar dando suporte, acho improvável um "desespero" da parte dos donos mais "fanáticos"... aliás, um assunto recorrente nos grupos de usuários da marca é a provável volta da marca ao mercado brasileiro até 2020, mas sem lojas exclusivas, sendo vendidas na mesma rede da Polaris, ainda que em pequenas quantidades importadas - sem CKD - e por preços bem mais elevados.
R: Não, pois houve amigos envolvidos inclusive na indicação da moto e com referências do ex-proprietário, além disso todo o histórico de manutenção, etc. Na real, o único "defeito" dessa moto é ter sido usada bastante em estrada (e é defeito isso?) e estar com pouco mais de 27000km rodados (28000 agora que cheguei em casa). Quilometragem não é problema se a moto estiver bem cuidada, e se o início do ano não tivesse sido tão conturbado em minha vida particular a minha Heritage já estaria bem perto dos (ou com mais de) 10 mil km, e não com 3750 como ela está hoje. Além disso, caso ocorra um "tombo" no preço das Indian (não creio, como são bem poucas - foram vendidas no Brasil menos de 700 ao todo, entre todos os modelos, e boa parte dos donos continua bem "apaixonada" e são poucos os que se desesperaram com a saída da marca e colocaram as motos à venda), uma moto comprada mais em conta é menos dinheiro perdido. Enquanto a Polaris continuar dando suporte, acho improvável um "desespero" da parte dos donos mais "fanáticos"... aliás, um assunto recorrente nos grupos de usuários da marca é a provável volta da marca ao mercado brasileiro até 2020, mas sem lojas exclusivas, sendo vendidas na mesma rede da Polaris, ainda que em pequenas quantidades importadas - sem CKD - e por preços bem mais elevados.
Esta série será em três partes. Esta, a "confissão de trairagem" é a primeira. A segunda será para mostrar um pouco dos detalhes bacanas da Roadmaster (para aqueles que não a conhecem) e a terceira (e provavelmente mais interessante) parte será o relato da viagem de Belo Horizonte/MG (onde busquei a moto) até Brasília/DF (onde moro). Os agradecimentos a todos os que participaram ou contribuíram com essa "empreitada" virão no post relatando a viagem.
Continuarei usando a Heritage (ao menos por enquanto) e falando dela também, não se preocupem!
Parabéns pela sua nova moto, independente de qual moto você ficar vou continuar acompanhando o blog. Abraço!
ResponderExcluirParabéns pela moto. Gosto das Indians e fiz o test-ride na Chief. Confesso que, apesar do peso, as Indians são muito bem distribuídas e resolvidas ergonomicamente. Inclusive achei a Chief mais fácil para manobrar que a minha Fat Boy.
ResponderExcluirGrande abraço.
poisé Robson. Ainda não vendi a Heritage (e confesso que no trânsito ela é bem melhor que a balsa da Indian), mas estou tentado a vendê-la e pegar uma Softail "diferente" (leia-se mais urbana) e mais em conta, como uma Street Bob ou uma Fat Bob. Sim, eu poderia simplesmente "depenar" a Heritage, mas fato é que vendendo ela já dá pra guardar um dinheirinho da diferença.
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