Décimo dia - voltando para Montevideo (06/04/2019)
Acordei cedo como de costume e tomei meu café da manhã, voltando ao quarto para arrumar as malas (isto é, guardar as poucas coisas que tirei delas). Enquanto estava acomodando as malas na moto, por duas vezes fui abordado por argentinos curiosos que pediram para tirar foto da moto... he he he. Claro que a foto não era "grátis", o "preço" da foto era pelo menos uns dois dedos de prosa (até pra treinar meu español arranhado).
Um pouco mais tarde, quando já havia colocado as malas na moto mas ainda estava por fazer o check-out (cujo limite de horário é 11:00), fui abordado por um gaúcho, na verdade o Nauro, do projeto Expedição Fuscamérica. Ele viaja pelo mundo com sua família em seu Fusca azul ano 1968 , já tendo visitado 16 países a bordo do "besouro". Ele ia fazer uma palestra sobre viagens na cidade aquele dia e foi me convidar, infelizmente já estava de partida para Montevideo e não poderia prestigiar o evento.
Como eu estava meio agoniado com o horário (e com medo de me cobrarem uma diária adicional no hotel) acabei me esquecendo de tirar uma foto com o Nauro, baita figuraça, mas pelo menos, ao sair, parei a moto do lado do Fusca "e meio"(a carretinha é uma traseira de Fusca) e registrei.
Foi um dia sem muitas fotos, e já estava cansado do barulho de vento adicional no capacete por conta da câmera, e nem mesmo filmei o trajeto. Me arrependi, pois ao chegar a Montevideo o GPS me mandou por uma rota muito bacana, passando por vários pontos turísticos famosos da cidade como o monumento San Martín e o portal da Ciudad Vieja. Passei também pelo centro comercial/financeiro da cidade, como era sábado o trânsito estava bem tranquilo e foi possível rodar tranquilamente com a moto pela cidade.
Ao chegar ao hotel Regency Golf, em Punta Carretas (indicado pelo Paulo Barretto, amigo do Fórum HD e meu corretor de seguros), estacionei a moto (detalhe: o acesso de veículos à garagem é por elevador) , tomei um banho e fui comer uma parrilla no La Perdiz, o bar oficial do whisky The Famous Grouse em Montevideo.
Não queria whisky, tomei uma cerveja artesanal muito boa, acompanhada de mollejas (timo bovino, algo que adoro), devo dizer as mollejas mais perfeitamente preparadas que já comi na vida.
De lá fui dar uma volta no shopping do bairro (precisava de outra jaqueta simples - não necessariamente de motociclista - já que a minha só sai da lavanderia segunda-feira à tarde e o clima está bem frio à noite, venta bastante aqui). Esse shopping local, o Punta Carretas, possui uma curiosidade interessante, que mencionarei mais à frente.
A distância percorrida de moto hoje foi de 190km.
A primeira (e, espero, única) pane: buzina
A moto tem se provado plenamente confiável e sem qualquer surpresa. O único "incidente" ocorrido foi hoje, com a minha buzina (que não é original da moto, é uma buzina a ar da Buffalo Brand que foi instalada pelo proprietário anterior). Ela ficou muda, dá pra ouvir o compressor funcionando mas ela não faz barulho (de vez em quando dá uma louca e ela toca). Como também nunca tive buzina a ar em veículo nenhum, não sabia se esse tipo de peça requer alguma manutenção periódica. (nota: requer manutenção, descobri isso BEM depois - já de volta em casa - e o reparo definitivo foi mais simples e rápido que o temporário que fiz alguns dias depois)
Já havia tido esse problema antes quando tive aquele infeliz episódio do passeio na lama, o qual foi rapidamente resolvido com uma dose generosa de... WD40.
Quando parei no posto para abastecer na metade do caminho entre Colonia e Montevideo, vi que na lojinha de conveniência vendiam essas coisas, então comprei uma lata de desengripante da Wurth e mandei pra dentro da corneta. Na mesma hora voltou a funcionar. Passados alguns quilômetros, parou de funcionar de novo (não que eu tenha PRECISADO buzinar, mas testei bastante a buzina quando não havia ninguém por perto - o que não é raro na Ruta 1). Joguei mais desengripante e chegou a Montevideo ainda funcionando. Me parece que o problema é no mecanismo de diafragma da corneta, pois se tapar a frente da corneta com a mão e apertar a buzina, dá pra sentir a pressão. O ideal seria desmontar a peça e verificar.
Vamos ver se a buzina se mantém funcionando ou se o reparo foi apenas temporário. Considero a possibilidade de, segunda feira, ir em uma loja de autorepuestos e comprar uma buzina comum, tirando fora o compressor dessa aí (está instalado no local da buzina original) para não correr o risco de ficar TOTALMENTE sem buzina na hora que precisar, nesse caso deixo o reparo definitivo da buzina a ar para depois de voltar a Brasília. O fato é que não estou confiando na buzina.
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