quarta-feira, 20 de março de 2019

Novo capacete - NoRisk FF370 - Impressões (review ATUALIZADO em 14/06/2019)

Já tenho meu Caberg HyperX há quase 2 anos e meio (comprei no início de 2017) e como é meu capacete de uso principal, mesmo não usando todo santo dia, já estava bem "surradinho" do uso cotidiano.





O fato é que eu suo bastante e isso ajuda a deteriorar o capacete mais rápido - o pH levemente ácido do suor é implacável com as espumas do forro e com o próprio isopor de proteção do capacete.

Mesmo o forro sendo lavável, após repetidas lavagens ele já estava começando a "esfarelar" a espuma de tanto tirar, passar na máquina de lavar e colocar de volta no capacete.

Junte-se a esses fatores a dificuldade de encontrar peças de reposição para o Caberg no Brasil (e quando acha, uma viseira custa o absurdo de 300 reais, sendo que em 2017 paguei 299 numa ponta de estoque no CAPACETE INTEIRO), e o fato de não encontrar mais à venda um capacete do mesmo modelo no meu tamanho 58 (eu até compraria outro igual se ainda existisse no mercado), comecei a pesquisar outras alternativas.

Avaliando opções

Como sabem, eu sou adepto do custo-benefício. Há capacetes sensacionais como os Shoei (eu tenho um Shoei Syncrotec articulado BEM antigo, de 2001, em casa, que ganhei - já bem usado - de um amigo), que na minha opinião não valem o que custam PRA MIM (mas definitivamente valem o que custam pra quem topa pagar). O fato é que em termos de proteção contra impactos, qualquer capacete homologado (não apenas INMETRO, mas a homologação americana DOT também conta) vai te dar um nível aceitável de proteção. A diferença entre os capacetes de linha média (a partir dos 350-500 reais) até os topo de linha (3000-4000 reais) está mais no acabamento diferenciado, melhor ventilação, uso de materiais nobres para redução de peso, qualidade de construção (que não afeta a proteção anti-impacto, mas sim o funcionamento de peças móveis como viseira e queixeira no caso dos escamoteáveis - vai durar mais tempo) ou recursos adicionais. Então, em que pese um capacete como por exemplo um Shoei Neotec provavelmente durar mais que os 2,5 anos costumeiros entre minha trocas de capacete (e provavelmente ainda estar como novo após esse tempo de uso - vejo pelo perfeito funcionamento das peças móveis do meu Syncrotec que já entrou na "maioridade" e acabou de fazer 18 anos de sua fabricação - tá certo que não o uso mais, ele hoje é apenas uma peça de decoração), ainda acho que para o meu perfil de uso é exagero. Mas ei, não julgo quem paga o preço. Cada um tem suas prioridades


O Shoei Neotec (versão antiga, já existe uma nova, a "Neotec 2") é sensacional, 
mas custa "só" 3.300 reais (e mais R$ 600,00 por uma pintura "hi-viz")



Bom, eu virei "fã" do Caberg HyperX pelo seu sistema "conversível". É um capacete aberto que possui uma queixeira (com "alma" de alumínio e resistente o suficiente) removível. Lá no exterior, ele é homologado em testes de impacto tanto como aberto (com uso sem a queixeira) como fechado (com a queixeira montada). E são raras as opções disponíveis no mercado brasileiro que possuem sistema parecido: atualmente apenas (e ainda assim em "ponta de estoque") o X-5 da Bieffe e o 613 da Zeus. 



O X5 da Bieffe. Seria uma opção a considerar, se eu tivesse como ver um de perto para ter certeza.

Custa em torno de R$ 490,00 em lojas da Internet. 


Ocorre que eu levo BEM a sério a máxima de que "não adianta o capacete ser caro ou de marca boa se ele não fica bem ajustado na sua cabeça". Eu levo muito a sério as recomendações deste artigo do site WebBikeWorld. Então, considerando várias experiências prévias de compras de capacete pela Internet que não deram certo, experimentar o novo capacete antes de bater o martelo seria obrigatório. Dessa forma, modelos importados bem conceituados como o Nolan N44 /N70-2 ou o IS-Multi da HJC estavam fora de questão. O HJC provavelmente serviria bem na minha cabeça (o formato deles encaixa bem, pelo menos nos modelos fechados que tive - um RKT 101 Carbon da Joe Rocket - mas fabricado pela HJC - e um CL-ST) mas não quis arriscar. Há ainda a questão do prazo de entrega que numa importação direta é uma verdadeira incógnita, o que me daria o risco de comprar o capacete e ele não chegar a tempo para minha viagem. 


O N70-2 da Nolan - seria uma opção se existisse no Brasil. 

Não me arrisco a comprar fora e depois de pagar 250 Euros + frete e imposto, 
o capacete chegar aqui e "não vestir bem".


Da mesma forma, não consegui encontrar em lojas na cidade nem o Zeus 613 nem o Bieffe X-5 para experimentar. Assim sendo, teria de abandonar de vez a ideia do capacete "conversível" (sim, ainda tenho o HyperX da minha esposa que está quase novo, mas esse é dela). Fechados estavam fora de questão (não gosto), então restaram os articulados.

Meu interesse inicial seria por três modelos em particular: o X.21 da Givi (com opção de pintura "amarelo fluorescente"), o Valiant da LS2 (que pode rodar como aberto pois a queixeira desloca para a traseira), um modelo da linha Evoline da Shark (não lembro qual agora, mas é similar ao Valiant) e os Nolan N90 e N100-5, todos esses modelos disponíveis no mercado brasileiro, homologados pelo Inmetro e a apenas 3 dias de entrega.



Algumas das opções consideradas, na ordem: 

Nolan N100-5 (R$ 2.300,00), LS2 Valiant (R$ 2.100,00)e Givi X.21 (R$ 1.000,00)



O problema: Tanto o Givi quanto os Nolan não existem em lojas da minha região... o Givi custa em torno de R$ 1.000,00 e o Nolan pra mais de R$ 2.000,00. Fica muito complicado gastar esse dinheiro sem poder EXPERIMENTAR o capacete antes para ver se ele "vestiria bem". Não há nada pior para conforto e segurança que um capacete que não veste bem em sua cabeça (ou que o formato do isopor não é o correto para você e incomoda/aperta excessivamente alguns pontos da sua cabeça, ou que fique folgado demais). Então, infelizmente, tive que abrir mão dessas escolhas (apesar de ter muita vontade de um dia comprar um bom capacete da Nolan - meu sonho é o N70-2 - mas só quando puder experimentar antes de abrir a carteira).

Dei uma "passeada" até o Outlet Premium, em Alexânia/GO (65km de casa), para ver o que tinham na loja Sacramento Store que poderia me interessar. Experimentei o LS2 Valiant (sem muita empolgação pois um detalhe me incomodou - a queixeira quando fechada fica muito próxima da minha boca, isso me dá uma sensação terrível, quase claustrofóbica - a bavete corta-vento - que só depois descobri ser removível - efetivamente fica roçando no meu queixo), e um modelo parecido da linha Evoline da Shark (que caiu no mesmo problema da queixeira excessivamente próxima). Veja bem, nem cheguei a testar o "vestir" do capacete, eles já se provaram incômodos para meu perfil antes mesmo que eu fechasse a cinta jugular. Então, a priori, os dois estavam descartados. 

Depois fui a uma loja próxima de minha casa, no meu bairro, e vi um modelo da LS2 que me interessou, o Metro Evo. Trata-se de um articulado com "cara" de capacete de trail (tá certo, visualmente não combina muito com minha moto, mas tem a bem-vinda queixeira afastada e uma pala pára-sol removível), que custa em torno de R$ 1.200,00. Ainda estava disponível com grafismos fluorescentes ("hi-viz") que estava sendo uma preferência para meu capacete "novo" já que vou trafegar em regiões de serra/neblina e a cor "cheguei" me ajuda a ser visto. Sim, acho que estou ficando velho, pois estou levando certas considerações com mais prioridade que estilo (pois é fato, um capacete com pintura "hi-viz" não combina ABSOLUTAMENTE NADA com meu estilo de motocicleta) em minhas aquisições de equipamentos.


LS2 Metro Evo, R$ 1.200,00 na ADV Moto Parts

Pedi o 58 para experimentar e... ficou SUPER folgado. Ajustei a cinta jugular, deixando-a na posição mais justa possível e... continuou folgado e "sambando" na minha cabeça. Vai que a forma é diferente, vamos testar o 56. No 56 minha cabeça nem entra. Testei (novamente) o Valiant nos mesmos dois tamanhos, e o "fenômeno" se repetiu. Então, definitivamente, os capacetes da LS2 podem até ser bons, mas não são bons PRA MIM. A forma deles não é adequada à minha cabeça (mas ei, pode ser para você - capacete é uma escolha MUITO pessoal, o que é bom pra você pode não ser pra mim e vice-versa).

Foi então que, na mesma loja, resolvi provar sem qualquer compromisso um capacete de uma marca que nem mesmo estava na minha lista de opções, já que é considerada quase uma marca "popular": testei um NoRisk FF370 articulado, tamanho 58, e qual não foi minha surpresa ao ver que o encaixe do mesmo em minha "cachola" foi PERFEITO? 


Vestiu como uma luva sob medida!

Sim, minha cabeça encaixou perfeitamente no capacete; as bochecheiras são justas na medida certa, apertando razoavelmente como recomendado (pois a espuma cede com o uso e vai deixar de ficar "apertado" para ficar "justo"). a cinta jugular em meio ajuste é suficiente para prender bem o capacete na minha cabeça sem que o mesmo fique "sambando" de um lado pro outro. 

Claro, nem tudo é perfeito: o acabamento do capacete (pintura por exemplo) não é dos melhores; o sistema de acionamento da queixeira é meio "duro" de acionar (principalmente para fechar o capacete com uma mão só quando ele está na cabeça - isso deve "amaciar" com o uso); a ventilação  é péssima (mas lembre-se que estou andando praticamente apenas com capacete do tipo aberto "jet" há pelo menos 4 anos, então meu referencial de "ventilação de capacete" está bem distorcido), e o capacete tem fama de ruidoso (algo que nunca me incomodou, e mais: de uns 15 dias pra cá adotei o salutar hábito de usar protetores auriculares, coisa que nunca usei em 15 anos de motociclismo e não entendo como vivi sem durante tanto tempo). Mas devo dizer que, além de "vestir bem" (apesar de suas limitações técnicas e até estéticas) o capacete me apresentou um custo-benefício imbatível, me custando apenas R$ 520,00 (metade do preço do LS2 Metro que "não vestiu bem"), e ainda veio na cor fluorescente que eu queria. Vestindo bem, e por esse valor, posso conviver com essas "limitações". Bati o martelo e levei o capacete pra casa. Se tivesse mais uma unidade na mesma cor e tamanho, teria levado um pra minha esposa também, mas infelizmente era o último do estoque.

Impressões iniciais de uso


Primeiramente, vamos colocar os dois capacetes (Caberg e NoRisk) lado a lado:


Como é fácil de perceber na imagem, o Caberg possui um formato mais "redondo e largo", já o NoRisk articulado é mais "oval e alongado". O principal benefício desse formato é que tanto a queixeira quanto a viseira não ficam tão próxima de minha boca. No caso do Caberg não havia sensação de "claustrofobia" pela proximidade da queixeira já que ela ficava fora do meu campo de visão, mas ela ficava tão próxima de minha boca que, quando era usada (e é por isso que eu quase sempre só rodava com o capacete sem ela) , a ventilação ficava afetada de tal forma que minha respiração fazia a viseira embaçar até mesmo em dias de calor extremo. Para o meu formato de cabeça, é um excelente capacete aberto, mas ao colocar a queixeira isso mudava. Como a queixeira do Caberg não possui entradas de ventilação, ao utilizá-la o embaçamento da viseira (mesmo sendo uma viseira de parede dupla que em tese não embaça) era certo... se não embaçava (calor extremo), ficavam as gotículas de água escorrendo bem no meu campo de visão (o que atrapalha mais que o embaçamento em si).

Para se ter uma ideia da diferença que a posição da queixeira em relação à boca faz na minha vida, cito o que ocorreu no meu teste inicial hoje. Está um calorão de 34 graus aqui em Brasília, e mesmo com a ventilação péssima (quando comparada ao meu habitual uso de capacete aberto) e sem retirar a bavete corta-vento da queixeira (coisa que eu sempre faço em meus capacetes novos, mas nesse não vou fazer, pois ela não me incomoda e realmente ajuda a cortar o ruído de vento), cozinhando os miolos dentro do novo capacete (que é bem "abafado" se comparado ao aberto rsrsrs), não houve QUALQUER embaçamento da viseira.  E ele permite abrir "um tiquinho" da viseira para melhorar a ventilação em baixa velocidade.

Vale citar ainda que a visão periférica com esse capacete é ótima, não havendo a sensação de "claustrofobia" de outros capacetes articulados que testei.

Outra questão importante: um amigo meu (o Saback, do Fórum HD) possui um capacete igual (só que de outra cor) e comentou que ele "aperta" sua testa após 30-40 minutos de uso, chegando a doer. Trata-se daquela questão do "capacete certo para você" que eu mencionei acima. Eu já tive problema similar com outro capacete, um articulado da MHR que tive lá pros idos de 2008. Depois de meia hora de uso o aperto na testa (que chegava a ficar marcada com a "dobra" do capacete) era absurdamente dolorido. Em meu teste com o NoRisk, rodando aproximadamente meia hora de casa ao trabalho, não houve incômodo nesse sentido. A forração é suficiente , e o formato do casco é adequado para mim, para evitar esse tipo de incômodo.

O NoRisk FF370 possui nichos para instalação de caixas de som, e a migração do intercomunicador  Sena SMH5 do Caberg para ele foi rápida e sem traumas. 


A "espuma de pescoço" é presa ao casco com velcro e foi possível passar a fiação do intercomunicador sem fazer qualquer tipo de corte no revestimento (no Caberg havia algumas partes rígidas que exigiram corte).


O microfone (eu não uso o microfone com haste, eu uso o específico para capacete fechado, mas colado na bochecheira do capacete, solução que funciona muito bem, aliás - peguei essa dica em um vídeo da Sena) ficou perfeitamente acomodado em sua posição.


O suporte de câmera (base GoPro) ficou um pouco mais pra trás do que eu preferiria (para não ficar no caminho da abertura da queixeira), mas com o uso de adaptadores (ou usar a base em "J" que é mais "prolongada") para deixar a câmera um pouco mais alta não atrapalhará minhas motofilmagens. Talvez nem mesmo isso seja necessário já que a base da Garmin Virb 360 já é um pouco mais "comprida" que as da GoPro.


Tudo é perfeito? Não. Um detalhe do NoRisk que não gostei, a fixação das bochecheiras: no Caberg as bochecheiras eram presas com três botões de pressão e ficavam BEM firmes no lugar. No NoRisk é apenas UM botão de pressão e o resto é velcro... como as bochecheiras estão BEM justas, às vezes elas soltam o velcro ao enroscar nas minhas orelhas e saem um tiquinho da posição quando visto o casco.



Ruído: Sobre ruído, realmente não tenho parâmetros para comparar ou criticar. Como comentei mais acima, ruído de vento em capacete foi algo que nunca me causou incômodo. E, como de dez dias pra cá comecei a usar protetores auriculares, este tipo de "problema de projeto" realmente não me afeta de forma considerável. Mas posso dizer que é mais silencioso que o Caberg, esteja esse com ou sem a queixeira.



Peças de reposição como viseiras e forros existem em abundância no mercado nacional, o que ajudará a prolongar a vida útil do capacete caso eu precise "renová-lo" no futuro. 

Então, em que pese não ser um capacete "top de linha", considero que, para meu perfil, foi uma ótima aquisição. Vamos ver como se comporta na viagem.

Atualização (14/06/2019)


Durante a viagem, o capacete atendeu seu propósito, apesar de alguns detalhes incômodos. O primeiro incômodo que tive foi percebido na primeira chuva que peguei, já saindo de Brasília, no primeiro dia da viagem. A vedação da parte superior do encaixe da viseira no capacete é deficiente. Em chuvas mais fortes, água escorre por ali, acumulando gotículas que escorrem bem no campo de visão.

Mas, de fato, o maior problema que tive com ele foi a ventilação deficiente: o calor durante a viagem foi insuportável (cheguei a pegar trechos com 39ºC no Rio Grande do Sul)  e após alguns dias de uso o cheiro de suor "ressecado" dentro do capacete era insuportável. Lavadas "quebra-galho" do forro (sob o chuveiro) foram necessárias algumas vezes durante o mês de abril (algo que geralmente eu deixava pra fazer em locais onde ia ficar mais de um dia, para dar tempo de secar o forro), mas a lavada "definitiva" só foi possível de fazer após voltar pra casa.

Usei MUITO Lysoform para retirar o mau cheiro que ficou impregnado no capacete, tanto espalhando por dentro dele, quanto misturando aos produtos de lavagem (coloquei o forro, sozinho, na lava-roupas).

Como eu já havia lavado o forro (sob o chuveiro, durante a viagem) algumas vezes, as espumas que cobrem os nichos dos alto-falantes rasgaram-se. Não chega a incomodar (o tecido que encobre os falantes ainda existe e não foi danificado), todavia é um detalhe frágil da construção do forro.

Outro detalhe frágil do forro é aquela "imitação de couro" que fica na região da nuca. Com o próprio suor, aquele revestimento danificou-se (o mesmo havia acontecido já com meu Caberg), começando a "descascar". Em que pese isso ter ocorrido apenas após um mês e meio de uso, devo ressaltar que foi um mês e meio de uso intenso... a quilometragem rodada foi similar à que rodei com o Caberg em dois anos.

Ante o exposto, achei interessante substituir logo o forro. Adquiri no MercadoLivre um conjunto original de forros de reposição no tamanho 58 por R$ 130,00 com frete grátis (nota, enquanto escrevo esta atualização, ainda não recebi o forro novo).

Nem tudo foi negativo no capacete: apesar da viseira ter aparência frágil (fininha e tende a"entortar" quando se tenta abrir apenas uma fresta para reduzir embaçamento), tem óptica razoável, não apresenta distorções de qualquer tipo, e o mecanismo de levantamento da queixeira é bem eficiente, possibilitando andar com a queixeira totalmente levantada (trava perfeitamente na posição superior, não "fechando sozinha" como outros capacetes articulados que tive no passado) naqueles momentos de calor mais extremo.

Aposentando o NoRisk após 3 meses e 10.000km



Pois bem, um belo dia (domingo último) fui dar uma voltinha para testar a BMW na estrada (já que ainda não fiz a revisão pós-viagem na Indian e não quero pegar estrada com ela com os retentores de bengalas estourados) e acabei indo até o Outlet Premium, em Alexânia/GO. Resolvi dar uma paradinha na Sacramento Store e apareceu uma nova opção de articulado que não estava disponível na minha primeira visita: o SRT Modular, da Bell. O preço é razoável (R$ 1.690,00, bem mais em conta que Shoei, Shark e até mesmo o Valiant da LS2), sendo um capacete muito bem construído (em fibra de vidro), com uma sensacional viseira PanoVision (que tem campo de visão parecida com a de um capacete jet aberto) , acabamento bem superior... e o principal: disponível em pintura hi-viz.

Resolvi experimentar, e serviu como uma luva sob medida. Acabei comprando. Farei o review dele em breve, depois de rodar mais alguns quilômetros. O que posso dizer é que nos 70km de volta (fui usando o NoRisk, voltei usando o Bell), em velocidades de estrada, a diferença entre os capacetes foi absurdamente perceptível. A ventilação, por exemplo, é notável no Bell (e praticamente inócua no NoRisk). O Bell, como todo capacete articulado, é ruidoso (claro), mas bem MENOS que o NoRisk. E o conforto geral no uso do capacete novo é bem maior.

O Bell SRT Modular, já com o intercomunicador Sena instalado

O NoRisk, após 10.000km em três meses, passou ao status de capacete de backup (até, pelo menos, aparecer alguém que tope comprá-lo usado).  

Vale lembrar também que, no momento deste "update", o NoRisk FF370 também não está mais em linha, tendo sido substituído pelos modelos Force (sem código) e Route (FF345), sendo o Force a opção mais "popular" e a Route a opção mais cara. 

2 comentários:

  1. Esse NoRisk parece bem robusto, sólido. Diferente desses que desmontam, como esse Caberg (em uma queda deve soltar tudo).
    Se o seu já está velhinho, pode aposentá-lo.
    Grande abraço e parabéns pelos ótimos conteúdos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. o Caberg (é italiano) é um bom capacete, na verdade. O sistema de engate da queixeira é bem sólido, a "alma" da queixeira é em alumínio, bem como os pontos de engate no casco. De fato, ele é duplamente homologado na Europa (como aberto sem a queixeira e como fechado com a queixeira), assim como também são o Zeus 613. o Nolan N44/N70 e o IS-Multi da HJC. Apenas é uma marca pouco conhecida aqui no Brasil, foi importado pela Taurus durante um período muito curto e ninguém conhecia (era a época da "modinha do Shark", "se não fosse Shark não era bom").

      Eu desmontei um inteiro que comprei pra retirar peças, ele realmente é muito bem construído.

      O que pega é que capacete na minha mão não dura muito mesmo. 2,5 anos é o máximo até que fique em petição de miséria hehehe. Ele "reformado" (foi trocada toda a parte interna, inclusive o isopor - sim, era mais fácil ter simplesmente usado o capacete que comprei pra peças, mas eu prefiro capacete branco a capacete preto kkkk - o branco reflete mais a luz do sol o que é uma puta vantagem pra um cara calorento como eu...) o Caberg vai ficar para uso naqueles dias que eu quiser "cara ao vento", já que old school eu não uso mais.

      Mas para a viagem, não, é capacete novo mesmo.

      Excluir

V-Strom 650XT - Breve review após 1500km

 Já se vão alguns meses desde que adquiri minha Suzuki V-Strom 650XT  e em que pese eu não ter rodado tanto assim durante esse tempo, já dá ...