sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

DOS ARQUIVOS - Um pouco da minha vida motociclista... (parte 2)

Então, na parte 1 deste artigo, fiz um pequeno resumo das poucas aventuras e desventuras que tive com a minha primeira motocicleta, uma Suzuki Intruder 250.



Comentei, ainda, que havia acabado de comprar um carro com câmbio automático e que tinha enfiado na minha cabeça que também queria uma moto em que não tivesse de passar marcha.

De fato, para tanto, no mercado brasileiro, haviam pouquíssimas opções, todas elas scooters. Com exceção das 125cc (que eu não queria), só me restavam duas opções: a Majesty 250 da Yamaha (que só foi importada no ano de 1998 e era BEM difícil de conseguir achar) e a Burgman 400 da Suzuki, que era importada ao Brasil desde 2001 e ainda estava em linha naquele ano (e assim perdura até hoje).

Após pesquisa, avaliação de mercado e afins, a escolhida foi uma Burgman 400 ano 2003, ainda com carburador (os modelos com injeção eletrônica, oferecidos no Brasil desde 2005, ainda eram muito caros). Esta motoneta tinha vários atrativos para mim: além de ter câmbio CVT (nada de passar marcha!!) era EXTREMAMENTE confortável (banco largo para piloto e garupa), além de ser bem maior que a Intruder, possibilitando que eu e Clarissa (que costumava, nessa época, me acompanhar nos meus passeios) pudéssemos andar juntos com relativo (relativo não, excelente) conforto. Como benefícios extra uma excelente proteção contra a chuva e um gigantesco espaço para bagagens (55 litros, suficientes para dois capacetes fechados) sob o banco, complementado ainda por um bauleto Givi de 45 litros que eu instalei na moto. Claro, a moto possuía rodas aro 13" (muito pequenas para nosso "maravilhoso e impecável" asfalto brasileiro), e o entre-eixos longo da motoca fazia com que ela raspasse em todo e qualquer "quebra-molas" que passasse. Outro problema era o tanque de combustível pequeno demais (11 litros), que possibilitava no máximo 170km entre os abastecimentos (sim, ela bebia bem - os modelos com injeção eletrônica são BEM mais econômicos). 

A minha Burgman 400 azul em um passeio organizado pela Irmandade Estradeira

Foi com essa moto que eu peguei estrada pela primeira vez. Recordo até hoje, era um evento monomarca da Suzuki (Suzuki Day), em Goiânia (250km de Brasília), em um estabelecimento à beira da BR. 

Com alguns conhecidos no Suzuki Day, em Goiânia


Fiquei um bom tempo com essa moto. A comprei com 8000km, e a vendi em 2008, então com, se não me falha a memória, algo em torno de 20 mil km. Parece pouco, sim, mas devemos lembrar que nesse período eu não só ainda estava em fase de aprendizado, como eu morava BEM perto do meu trabalho (4km de distância). 

Mesmo assim, com essa moto eu fiz vários passeios pelos arredores de Brasília, junto com os amigos do fórum M@D, tendo ido várias vezes para Pirenópolis/GO, uma para Anápolis/GO, inúmeras vezes para Itiquira/GO, fora, é claro, o uso diário. 



Na Base Aérea de Anápolis/GO, com os amigos do fórum M@D


Saindo com Clarissa na garupa rumo a Itiquira (Formosa/GO)


Depois de dois anos e meio, as limitações de uso que o scooter me impunham (especialmente nos quesitos autonomia e terreno) me fizeram repensar a minha escolha. Como "incentivo" adicional, em uma viagem para Porto Seguro/BA, aluguei uma trail Honda Tornado 250 para rodar pela cidade, com a qual fui a vários locais, dentre eles as praias de Trancoso (acesso por estrada de chão). Nesse ponto eu tinha me convertido devidamente em um "fã de trail". 


Rodando com a Tornado alugada na Bahia

Acabei vendendo a moto (depois de muito custo e seis meses de paciência, pois se tem algo que era ruim de mercado na época eram os maxiscooters - hoje são BEM mais aceitos), ainda assim recebendo como parte do pagamento uma Honda Tornado 250 ano 2008 com apenas 2500km rodados. 


Ocorre que essa Tornado ficou comigo por apenas três semanas, tendo sido entregue numa concessionária Honda em troca de uma Falcon ano 2006, verde. 

Devo dizer, fiquei pouco tempo com essa Falcon, mas fiz a minha primeira viagem "bate-e-fica". Coloquei minha esposa na garupa, os alforges na lateral da moto, as bagagens no bauleto, e fomos passar uma semana em São Jorge, na Chapada dos Veadeiros/GO. Acho que nunca respirei tanta poeira na minha vida... 



No Vale da Lua, na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso/GO

Depois de alguns meses, um episódio bobo me fez vender a moto, e fiquei alguns meses sem nada de duas rodas (com exceção de uma Yamaha XTZ 125K que eu peguei como parte do pagamento da Falcon, mas não rodei por um bom tempo, pois havia deixado para vender em uma loja). 

Aí vem  a grande e derradeira volta, que será o tema da parte 3... Mas antes da parte 3, vamos falar sobre outros assuntos mais recentes.

Até lá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

V-Strom 650XT - Breve review após 1500km

 Já se vão alguns meses desde que adquiri minha Suzuki V-Strom 650XT  e em que pese eu não ter rodado tanto assim durante esse tempo, já dá ...