Então, conforme falei no post anterior, o Brasília Capital Moto Week - BCMW começou na última quinta-feira.
Aqui teremos um breve relato do que vi, presenciei e ouvi.
Primeiro dia
No primeiro dia (em que nada acontece além da chegada de visitantes e montagem das tendas, e pequenos shows de bandas locais) eu nem mesmo fui.
Segundo dia
No segundo dia (que é quando o evento começa pra valer), a atração principal era a banda Raimundos. Na verdade não fui ao show, mas fui conferir o evento. Já estava bem cheio para o "primeiro dia de fato" do evento. Cheguei ao evento acompanhado dos meus amigos Thiago (883R laranja) e Leonardo (Dyna Fat Bob laranja). Encontrei alguns outros amigos de motoclubes, visitei alguns estandes.
Este ano a parte de estandes está bem caprichada. Em que pese a Harley-Davidson (que optou por fazer seu "movimento" na concessionária de Brasília - obs, não fui conferir as atividades do dealer) e a Triumph não terem montado estandes no evento esse ano, havia estandes de várias outras marcas de motocicletas. Estavam presentes a Honda (devo dizer que, como ex-proprietário de uma Suzuki Burgman 400 e fã do segmento de maxiscooters, gostei MUITO do scooter X-Adv, apesar de seu preço "puxado" de R$ 54.000,00) , Kawasaki, BMW Motorrad e Ducati. Além disso, há as tradicionais "lojinhas" de acessórios e de badulaques diversos.
Uma presença diferenciada nesse ano foi o estande da Johnny Motorcycles (Johnny Wash), customizadora de São Paulo conhecida por seus projetos "extravagantes". Baggers diversas (até com roda dianteira aro 26") dignas de exposições norteamericanas.
Como falei, voltei cedo, pois já tinha uma programação pessoal reservada para o terceiro e quarto dias, que será tratada em um post à parte. Pelo menos assisti à queima de fogos.
Terceiro dia
No terceiro dia, estava com meus amigos Samuel e Lucas, que vieram de Iguatu (Ceará) para o evento (na verdade a passagem pelo evento é parte de uma expedição que eles estão fazendo pelo Centro-Oeste e Sudeste brasileiro). Após um passeio pela cidade para mostrar os pontos turísticos, fomos para o evento. Como a programação para o quarto dia seria puxada, voltamos cedo para casa. Maiores detalhes serão tratados no próximo post.
Quarto dia
No quarto dia, saí de casa cedo (8 da manhã) para levar meus amigos cearenses para um passeio por Goiás (será tratado no próximo post). Como chegamos a Brasília perto das 8 da noite (e meus amigos seguiriam viagem para Uberlândia/MG no dia seguinte), também não fomos ao evento.
Críticas construtivas
No ano passado iniciou-se o uso de "cartão pré-pago de consumo" para adquirir alimentos e bebidas no evento. Em que pese ser uma alternativa muito prática na teoria, na prática houve alguns problemas e reclamações (que ouvi de visitantes do evento que encontrei na estrada no domingo), alguns deles de fácil solução:
As filas para aquisição do cartão são enormes. São poucos os caixas para a aquisição do cartão. Para completar, não são todos os caixas que aceitam cartão de crédito/débito (alguns pegam apenas dinheiro, talvez pelo número limitado de máquinas de cartão de crédito), mas não há QUALQUER identificação nas filas para indicar "cartão ou dinheiro". Algumas pessoas entraram na fila "errada" (todas pegam dinheiro, nem todas pegam cartão) e tiveram que pegar fila novamente para pagar com cartão.
Além da falta de identificação dos caixas para pagamento no cartão, problemas de infraestrutura (não relacionados à organização, mas ao local onde o evento é realizado) dificultam o uso do cartão de crédito/débito para adquirir/recarregar o cartão de consumo. Ocorre que se trata de uma região de Brasília em que o sinal de telefonia celular não é dos melhores. Isto posto, como o pagamento com cartão de crédito já é algo problemático por causa da dificuldade com sinal de celular, os caixas para pagamento em crédito/débito deveriam ser exclusivos para esse meio de pagamento e, é claro, devidamente identificados. O pagamento com dinheiro é, todavia, rápido e fácil (mais um motivo para separar as filas conforme o meio de pagamento, de forma devidamente identificada).
Apesar dos problemas enfrentados para ADQUIRIR o cartão, a recarga é rápida e fácil: há várias vendedoras que ficam pelo evento com as maquininhas de recarga, ou seja, para reabastecer o cartão você não precisa pegar filas quilométricas novamente (obs: não sei se as "vendedoras de recarga" aceitam cartão de crédito/débito, já que paguei a recarga do cartão de consumo com dinheiro).
Ah, o cartão (que tem um custo de R$ 5,00 fora a recarga) é "générico", não há qualquer imagem ou menção ao Moto Week, então ele nem mesmo serve como recordação.
Outra crítica muito comum (alguns visitantes do interior de Goiás que encontrei na estrada ontem comentaram a questão comigo) diz respeito à entrada separada para motociclistas com e sem garupa. Sim, está certo que essa é a primeira edição do evento com cobrança da entrada das garupas (o que, para ser sincero, acho necessário apesar de chato, já que evita o "mototáxi" para levar pedestres que não querem pagar o preço cheio do ingresso "não-motociclista" - infelizmente é mais uma situação em que o "justo paga pelo pecador"). A questão é que o sistema de cobrança de garupa não ficou exatamente muito prático. Há duas opções: ou se compra o "adesivo" (que vai colado na moto, será?) antes de ir ao evento (nos postos de venda espalhados pela cidade, o mais próximo no Shopping Iguatemi, no Lago Norte) ou se paga a entrada na hora.
O problema: mesmo quem comprou antecipado, teve que entrar na MESMA fila dos que não compraram. E os que não compraram, quando optaram por pagar o ingresso com cartão de crédito/débito, travavam toda a fila, já que havia apenas UMA máquina de cartão na entrada "com garupa" , o que gerava enormes atrasos, especialmente quando o sinal de telefonia celular não colaborava para processar os pagamentos... Com isso, as filas para entradas de motos com garupas no evento ficou GIGANTESCA, deixando os "garupados" e "garupadas" bem irritados.
Sério, algumas pessoas (de outros Estados) que encontrei na estrada no meu passeio de domingo disseram que se ano que vem continuar assim, será o último que virão. Não estou falando de pessoas que moram na cidade e gastam 20 minutos para chegar ao evento, e sim de pessoas que viajaram 300, 400km com suas esposas na garupa, indo DIRETO ao evento, e que tiveram que ficar (já cansados da viagem) por longos períodos presos em uma fila muito mal organizada. Note que eu não entrei por essa fila (minha esposa não foi comigo esse ano, entrei pela porta "sem garupa"), então não sei qual foi a real, mas o fato é que eu ouvi a mesma história não de apenas uma pessoa, mas de cinco dos seis casais com quem troquei idéias na estrada no domingo.
Sério, algumas pessoas (de outros Estados) que encontrei na estrada no meu passeio de domingo disseram que se ano que vem continuar assim, será o último que virão. Não estou falando de pessoas que moram na cidade e gastam 20 minutos para chegar ao evento, e sim de pessoas que viajaram 300, 400km com suas esposas na garupa, indo DIRETO ao evento, e que tiveram que ficar (já cansados da viagem) por longos períodos presos em uma fila muito mal organizada. Note que eu não entrei por essa fila (minha esposa não foi comigo esse ano, entrei pela porta "sem garupa"), então não sei qual foi a real, mas o fato é que eu ouvi a mesma história não de apenas uma pessoa, mas de cinco dos seis casais com quem troquei idéias na estrada no domingo.
Entendo que para as compras antecipadas, deveria ter sido adotado um sistema mais prático, como pulseiras-lacre de uso único (como aquelas usadas em festas e shows, que são inutilizadas ao serem retiradas, evitando o "reuso") identificadas para cada dia do evento. Dessa forma, quem comprou antecipado poderia entrar pelo acesso "normal" mediante apresentação da identificação da garupa (a pulseira), evitando filas e estresse desnecessário (ou até por uma fila SEPARADA para quem já adquiriu o ingresso). Existe inclusive a possibilidade de que as pulseiras sejam confeccionadas com dispositivos anti-falsificação (QRCodes, adesivos holográficos, etc.)
Por que não usar algo assim?
Existe até mesmo a opção de pulseiras com "QR Code" e holografia para evitar falsificações.
Da mesma forma, o pagamento da entrada na porta do evento (para aqueles que ainda não pagaram o acesso de suas garupas) deveria ser exclusivamente no dinheiro (para evitar filas por conta de falta de sinal de celular) ou, então, ter filas separadas (e devidamente identificadas, é claro) para pagamento em cartão ou dinheiro.
O terceiro "problema" é uma crítica pessoal minha. Como sabemos, a Lei Seca que vale em todo o território brasileiro é bem rigorosa com quem dirige/pilota após o consumo de bebidas alcoólicas, e nem todo mundo tem possibilidade/disponibilidade/disposição/perfil para acampar no evento. Ocorre que desde o ano passado não há mais a opção de cerveja sem álcool para consumo no evento. Tá certo que ano passado a patrocinadora foi a Heineken (que ainda que hoje possua em seu catálogo uma cerveja sem álcool, ainda não tinha essa opção na época do evento de 2017), e esse ano foi a Budweiser (que TAMBÉM não tem opção sem álcool no catálogo de produtos), todavia, a organização do evento deveria também fazer sua parte, oferecendo alguma opção de cerveja sem álcool (ainda que não da marca patrocinadora) aos frequentadores. Não vejo problema com isso, já que mesmo a Budweiser sendo a "cerveja oficial do Moto Week" os estandes (identificados com a logomarca da cerveja americana) vendiam também a Skol Beats (que é de outro fabricante). Marcas no mercado nacional não faltam. Tá certo que cerveja sem álcool não é tão gostosa como cerveja de verdade (há exceções honrosas mas que são muito caras e gourmet para um evento desse porte) , mas existem motociclistas conscientes que ainda acham que beber cerveja sem álcool (por pior que seja kkkk) é preferível a sair pilotando alcoolizados (e nem todo mundo gosta de encher o bucho de refrigerante). Essa alternativa até aumentaria o consumo de bebidas pelos frequentadores, já que muitos "seguram a mão" no consumo para minimizar a chance de acidentes ou problemas com as autoridades de trânsito.
Tá certo, são ruins, mas ainda são melhores do que não tomar cerveja nenhuma
(ou tomar cerveja e se acidentar ou ser pego em uma barreira policial)
Então, minhas sugestões à organização para o próximo ano (as mais simples poderiam ser implementadas desde já) são:
1 - Separar e identificar as filas para aquisição do cartão de consumo em dinheiro ou crédito/débito (perfeitamente possível de fazer ainda por agora);
2 - Separar e identificar (já com ingresso/pagamento em dinheiro/pagamento em cartão) as filas de entrada com garupa (também é possível de implementar desde já);
3 - Mudar o sistema de identificação das garupas que já tenham ingresso por algo mais prático, como por exemplo as pulseiras-lacre de uso único (para o ano que vem);
4 - Voltar a oferecer alguma opção de cerveja sem álcool (para o ano que vem);
5 - O cartão de consumo poderia ter alguma imagem de identificação do evento, dessa forma ele também serviria como lembrança da visita.
Boa tarde Bira, já nos encontramos em alguns rolês de moto, com a turma dos mirageiros, 3ª ordem enfim.
ResponderExcluirSó para esclarecer um ponto, ponto este que conheço bem pois bebo bastante cerveja.
Todas as cervejas mencionadas por você e que estão disponíveis no Moto Capital são do mesmo fabricante, Skol beats, Budweiser, os chopes da Brahma e da Colorado pertencem a AMBEV, patrocinadora master do evento desde o ano passado, nos dois anos anteriores a cerveja oficial era Heineken e antes disso era a Schin com a linha DEVASSA.
No sábado passado estive na parte da tarde e lá no motobar tinha Brahma zero, que é a cerveja sem álcool da AMBEV.
Att
Rodrigo Chaves
Puro Malte M.C
Opa amigo, obrigado pela informação e esclarecimento. Como fui apenas dois dias (primeiro sábado e domingo) no evento (fiquei impossibilitado nos demais por questões familiares), por acaso nos quiosques onde fui não havia qualquer menção à cerva zero álcool. Provavelmente estavam vendendo o produto apenas no Motobar então.
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